Efeito da Suplementação de Cafeína sobre o Dano Muscular Induzido pelo Exercício

Nome: LEONARDO CARVALHO CALDAS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 20/12/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUCAS GUIMARÃES FERREIRA Orientador
VALERIO GARRONE BARAUNA Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANO FORTES MAIA Examinador Interno
FABIANO KENJI HARAGUCHI Examinador Externo
JOÃO ALFREDO BOLIVAR PEDROSO Examinador Externo
LUCAS GUIMARÃES FERREIRA Orientador
MÁRIO ALVES DE SIQUEIRA FILHO Examinador Externo

Páginas

Resumo: O consumo de cafeína para a melhora do desempenho em exercício já é bem consolidado na literatura, com observações do efeito ergogênico em exercícios aeróbios de longa duração, exercícios de força, resistência muscular e potência. Recentemente alguns estudos sugerem que a suplementação de cafeína também poderia ser utilizada como uma estratégia nutricional para auxiliar na recuperação do dano muscular induzido pelo exercício (DMIE). O DMIE é um fenômeno comum ao realizar um exercício não habitual ou extenuante, caracterizado por danos físicos nas fibras musculares a nível macro e microestrutural, envolvendo os sarcômeros, a membrana celular e o tecido conjuntivo. Diferentes tipos de contração podem induzir o dano, porém as contrações excêntricas e fatores como maior intensidade do exercício, velocidade de contração e maior amplitude articular durante o exercício contribuem para intensificar a magnitude do dano muscular. É comum que após o dano muscular sejam observados sintomas como diminuição temporária na capacidade de produção de força, redução da amplitude de movimento, inchaço do membro afetado, aumento da rigidez e dor muscular tardia. Estudos anteriores já demonstraram que a ingestão de cafeína contribuiu para atenuação da dor muscular tardia, perda de força e redução de níveis circulantes de marcadores sanguíneos de lesão muscular. No entanto, as evidências não são conclusivas e os efeitos benéficos da ingestão de cafeína no DMIE nem sempre são observados. As diferenças entre os estudos podem estar relacionadas a vários fatores possíveis, como o momento da suplementação (pré ou pós evento causador do dano muscular), duração do protocolo de suplementação (por exemplo, agudo versus crônico) e métodos usados para avaliar o dano muscular (por exemplo, percepção da dor, perda de força e marcadores sanguíneos de lesão). Vários estudos investigaram o efeito da cafeína usando apenas um marcador indireto de dano muscular, embora não esteja claro se a cafeína tem efeito direto sobre cada um desses marcadores ou se há interação entre eles. Por exemplo, a diminuição da percepção da dor com a suplementação de cafeína também estaria relacionada a menores perdas de força e níveis circulantes de creatina quinase após DMIE? Ou esses efeitos acontecem de forma independente? A tese é apresentada no modelo escandinavo, ou seja, no formato de dois artigos contendo as seguintes estruturas: Introdução, material e métodos, resultados, discussão e conclusão. Para o primeiro estudo foi realizada uma revisão sistemática investigando o papel da cafeína no dano muscular e como diferentes protocolos de suplementação interferem na atenuação do dano muscular. O segundo estudo avaliou o efeito da suplementação de cafeína em exercícios do membro superior. Os principais resultados foram que a suplementação de cafeína após o exercício excêntrico auxilia na atenuação da dor muscular tardia. É possível que a suplementação contribua para a recuperação da força muscular, porém os resultados não são conclusivos e fatores como tipo de exercício, grupo muscular avaliado e histórico de consumo de cafeína podem contribuir para a incerteza dos resultados.

Palavras-chave: Ergogênicos; recuperação; contrações excêntricas; dano muscular; dor muscular de início tardio.

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